Ontem, ao telefone com uma amiga ela comentou que se calhar tinha tomado algumas decisões erradas na vida, mas que agora já não podia voltar atrás. Pus-me a pensar e acho que a grande decisão errada na vida que tomei foi tentar fazer tudo certinho. Custa dizer, mas bem no fundo acho sou um pouco ingénua e moralista. Achava que para ter um companheiro tinha de estar apaixonada e não compreendia como outras pessoas se casavam/juntavam whatever por razões tão fúteis como: «ele é giro»; ou materialistas como: «ele tem um bom emprego/status» ou até por razões pessoais práticas: «quero ser mãe e ele dava um bom pai para os meus filhos». Eu achava, romântica e moralisticamente, que isso era ser desonesta para com o meu companheiro. Afinal, ele merecia que eu o amasse e respeitasse, que o desejasse e que o visse como uma pessoa ao lado de quem eu queria estar pela pessoa inteira que ele era e não apenas pelo que ele me poderia 'dar'/'proporcionar'.
Que estúpida fui. Devia ter sido menos certinha e mais prática. Porque as certinhas acabam sozinhas enquanto as práticas é que conseguem o que querem (ou, pelo menos, divertem-se!)
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