Sunday, December 21, 2014

Angels


I have a dream
a song to sing
to help me cope
with anything
if you see the wonder
of a fairy tale
you can take the future
even if you fail
I believe in angels
something good in
everything I see...
https://www.youtube.com/watch?v=WssQP1xWJRM


I need to believe in angels again, in the magic of a fairy tale, so I can have a future, even after I've failed. This is my fervent prayer for this Christmas: that I may be blessed with a renewal of hope... 

Thursday, December 04, 2014

Independence

Uma amiga disse-me outro dia, em conversa, que tinha a certeza de que quando eu arranjasse namorado nunca mais me via. A minha reacção instintiva foi de surpresa. «Estás parva?» pensei. «Porquê?» Ela achava que eu sou do tipo que quando tem alguém vive exclusivamente em função dessa pessoa, esquecendo tudo o resto. Mas essa ideia é-me extremamente repelente. Andar sempre colada a outra pessoa, sem dar um passo que não seja com ele, absorver os gostos dele, os seus interesses e esquecer os meus... são tudo ideias que me deixam arrepiada e desconfortável.
Não é coisa que se note muito, mas sou bastante mais independente do que pareço. Isso aparece até no meu relatório psicológico, se bem que, como independência sempre foi coisa que tive, não era algo em que pensasse muito. Mas, de repente, percebi que a minha dificuldade em encontrar alguém com quem construir uma relação pode ter algo a ver com isso.
Será que é isso que me sabota? Sempre me senti atraída por homens independentes, com sonhos, aspirações e interesses próprios. Homens auto-suficientes. Só esses não são normalmente o tipo que precisa de namorada. Os 'casadoiros' tendem mais o tipo 'macho controlador' ou o 'romântico clingy', ambos géneros que me repelem.
Detesto sentir-me controlada e manobrada. Aqueles que me dão espaço, que respeitam as minhas opiniões, as minhas decisões e as minhas 'quirkinesses' têm tudo de mim. Claro que podem e devem discordar, ter opiniões e pontos de vista diferentes e eu adoro conhecer outras perspectivas e trocar ideias. Mas se começam numa de dar bitaites e criticar só porque sim ou a mandar indirectas passivo-agressivas a coisa não funciona. Coisas como "Gostas deste bar? Que coisa tão pirosa. O XYZ é muito melhor, quando te levar lá é que vais perceber o que é bom" ou "Ah, foste ao cinema... eu também queria ver esse filme, podias-me ter dito..." dão-me logo brotoeja.
Mesmo nos amigos/as, é assim. Tenho amigas que precisam de companhia para tudo, até para irem às compras ao supermercado, coisa que me faz bastante confusão. Preciso de tempo e espaço para mim, silêncio para pensar, reflectir, sonhar. Detesto andar sempre atrelada a alguém. Conheço mulheres que não gostam de guiar e que fazem os namorados/maridos servirem de motoristas para todo o lado. Isso arrepia-me. Eu gosto de andar sozinha tanto quanto gosto de companhia; gosto da sensação de pegar no carro e decidir quando e onde sem precisar de ninguém. Conheço pessoas que vão todos os fins-de-semana ao mesmo sítio, têm um programa fixo, sempre com os mesmos amigos. Eu gosto de ir a sítios diferentes, com pessoas diferentes. Não faço amigos com rapidez e sou extremamente leal aos que tenho. Não é uma questão de estar sempre à procura de novidade, é sim uma questão de desfrutar das várias nuances de um todo sem cair na rotina.
Será que é por isso que não tenho sorte no amor? Será que a minha necessidade de independência me faz sentir atraída pelos não disponíveis? Me faz sabotar as situações de alguma forma, avaliando mal os homens. É algo que preciso de descobrir e perceber como integrar. Porque independência não é incompatível com um relacionamento, com intimidade e entrega. Independência pode dar mais cor e profundidade ao amor. Mas só se for honestamente assumida.