Thursday, October 31, 2013

Perspectivas...

Ontem pensei ter-te visto na rua. Foi um vislumbre momentâneo e improvável, mas para o meu coração tu não estás a milhares de quilómetros de distância; continuas ainda tão presente que podes, de repente, surgir a qualquer esquina. A distância é irrelevante, não importa.
Nunca importou. Não para mim.


Monday, October 28, 2013

Home is where the heart is...

Comprei um cantinho para mim. Era uma ideia que há muito me andava na cabeça, mas uma dúvida aqui, uma hesitação ali: 'será que devo arriscar o investimento', 'e se daqui a pouco a minha vida mudar?', 'e se encontrar alguém, será que não vou precisar desse dinheiro para investir numa família?' Andei anos nisto. 'E se ficar com uma renda alta, depois não posso fazer as coisas que gosto, não posso viajar... terei de viver para a casa.'
Mas este ano a última mola de medo e hesitação que me prendia soltou-se. Foi o desespero que a soltou. Depois de te perder precisava fazer alguma coisa para me distrair da minha angústia, precisava de arranjar um foco, um projecto que me motivasse a avançar e esse foi a casa.
Percebi também que não vale a pena ficar à espera do dia em que fosse encontrar um companheiro com quem construir uma família. Percebi que isso pode nunca acontecer. Não sei o que o destino me reserva, mas se for para ficar só, mais vale começar a habituar-me já. Não vale a pena esperar por nada nem ninguém, porque nada é certo. Pode ser que ainda surja um milagre, mas se isso acontecer tudo se pode ajustar. Por agora vou tentar viver apenas com as cartas que tenho: tenho uma casa e posso construir um lar, mesmo que ainda não tenha com quem o partilhar.

I may not have the person yet, but at least now I have a place...


Friday, October 18, 2013

Eu consigo!

Durante muito tempo andei aqui a escrever o que gostaria que tivesses feito, a tentar adivinhar as tuas razões, os teus motivos, a tentar encontrar explicações... Enfim, tentava encontrar um fio nesta meada, algo a que me pudesse agarrar e um fio que me ajudasse a continuar. Não faço ideia se alguma vez o encontrei, mas não é disso que vou falar hoje.
Nos últimos dias, parece que estou a descobrir algo por entre as nuvens. Pode ser mais uma miragem, mas se me ajudar a encontrar o sol, pois, irei segui-la, por enquanto.
Apercebi-me de repente que, apesar da mágoa e da perda, que senti e ainda sinto, houve uma evolução em mim que pode ser positiva nisto tudo.
Um vez, numa das nossas conversas, disseste que eu era 'mais reservada'. Eu sempre me achei tímida, retraída, com medo de arriscar e essa foi talvez uma das razões porque cheguei sozinha a esta fase da vida. Porque sempre tive medo de me entregar. Esperava uma solução mágica, que alguém me descobrisse sem eu ter de me expor, mas isso nunca aconteceu.
E, de repente, contigo, eu expus-me. E não foi difícil, aconteceu! Consegui, fui capaz de me abrir e de arriscar.
Porque aconteceu contigo e não com outros, tem talvez a ver com a pessoa que tu és, com esse algo em ti que me fez confiar, que me fez sentir essa ligação tão forte. Mas, seja como for, independentemente de ti e de tudo o que aconteceu e não aconteceu entre nós, o ponto importante a reter aqui é esta descoberta:
Eu consigo! Eu sou capaz de me entregar!


Thursday, October 10, 2013

O amor é

Para mim, esta é a frase que define tudo o que sinto:
«O amor é o encontro de duas feridas... O amor verdadeiro é: eu amo a forma como te tentas curar, eu gosto da tua cicatriz».

E amar é ter medo de perder. Implica correr riscos. E o medo pode levar-nos a fazer coisas estranhas:
«tornamo-nos dependentes porque precisamos que o outro nos devolva, diariamente, a existência»

Ou

«podemos deixar de amar porque temos medo, sabotar tudo em vez de nos entregarmos e confiar totalmente, reduzir a importância desse amor, ligando-nos a uma actividade onde tudo depende de nós»

http://idademaior.sapo.pt/familia/lacos-familia/amor-verdadeiro-5-sinais-que-nao-enganam/


Mas o amor também pode ser: «aceitar irem juntos até ao desconhecido; viver a experiência do desejo; sentir-se vivo».

Mas esta parte fica para o próximo artigo...