Sunday, July 21, 2013

Paz

Alguns meses antes de te reencontrar tinha alcançado um patamar em que me sentia em paz com vida. Tinha assumido que se calhar já não ia encontrar um companheiro e construir uma relação, mas tinha aceitado isso. Ok, não vou ter uma família, não vou ser mãe, mas posso ser feliz à mesma. Tenho amigos, um trabalho que me realiza, posso viajar, posso ter o meu espaço e posso ser feliz assim. Com sorte, talvez possa até viver algum romance fugaz, um caso de verão. Serei feliz assim, desfrutando dos pequenos momentos felizes do dia-a-dia.
E então tu apareceste… E acordaste aquela jovem tímida, ingénua e sonhadora que te tinha amado antes. Respondeste aos meus mimos, deste-me carinho, ouviste-me, demonstraste interesse. Por mais patético que isto possa soar, a verdade é que foste o mais perto que estive de uma relação. E eu vi a oportunidade de viver o amor por que sempre tinha esperado no meu caminho.

Agora, 3 anos depois, desapareceste da minha vista e deixaste-me num espaço vazio e frio, sem saber sequer se houve algo de verdade no que se passou entre nós ou se foi uma miragem apenas...
Depois deste vislumbre de felicidade não consigo voltar àquele lugar de paz e contentamento em que estava antes. Mas não posso ficar aqui, porque aqui morro, aqui estou a destruir-me. Tenho de avançar, tenho de encontrar o amor de novo ou, então, conseguir voltar à inocência de antes em que não sabia o que isso era. Só que não sei como o fazer… Mas, pela minha felicidade, espero descobrir como em breve, espero que algo ou alguém, uma inspiração ou um conselho, me indiquem por onde começar… Mas hei-de conseguir.

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